
“Live hard, Die young!”. Não sei porque esta palavras nunca fizeram muito sentido dentro da minha cabeça. Provavelmente pela pressa que quer imprimir ao ritmo de vida humano, como se o seu objectivo máximo fosse condensar todo o Universo num só ponto, sem espaço nem tempo. Para quê passar a vida toda a correr, se pudemos fazer dela um belo conto fadas, onde as personagens se confundem por entre o cenario e onde o cenário se molda às próprimas personagens. Bem à meneira dos sonhos que temos em crianças. Talvez aí, porque ainda somos inocentes e sonhadores o suficiente, cremos em tudo e em todos. É aí que conseguimos realmente ver o nosso “amigo imaginário”, sabemos que ele lá está e conseguimos comunicar com ele, embora mais ninguem o veja (ou queira ver). É tambem nessa altura em que o ceu não é o limite e onde as nuvens, que pairam lá bem alto no ceu, nos fazem querer percorrer todo aquele ceu num fogetão mágico que construimos com papel ou cartão. Nessa altura não temos pressa de crescer, nem querem nós tenhamos, porque convinhamos, o “mundo dos adultos” é muito chato! Sempre a discurtir uns com os outros, ora sentados no seu sofá a ver um programa sem côr, ora atarefados com a catrefada de roupa que têm de preparar para no dia seguinte voltar a vestir, tal como uma mascara de carnaval...mas não, não são super-herois. Já o quiseram ser e sobretudo já souberam que o seriam, um dia mais tarde. Mas viveram depressa de mais e morreram muito cedo. Por favor não interpretem mal as minhas palavras! Não pretendo com isto idealizar um mundo onde usariamos fraldas até aos 50, para depois, uns anos mais tarde, termos de voltar as usar, por motivos vários.. Não, apenas pretendo que tentem entrar comigo no mundo em que ao olharmos para cima, conseguimos nos ver naquele foguetão de papel e cartão, sentir “aquelas luzinhas que aparecem à noite” na palma das nossas mãos como fizemos com os pirilampos. Parem por um segundo, fechem os olhos....não é tão fácil?
Se um livro nao se conta pela capa, a vida nao se julga por aquilo que cessamos de sonhar, mas pelos sonhos de hoje. A vida só acaba quando nós assim o sentimos.
Meus irmãos e irmãs, não deixem de sonhar. O Universo precisa que vosses lá cheguem.
Um bom apetit!